terça-feira, 4 de novembro de 2014

Derrota. Terceira. Seguida. Calma. Foi Eficácia. Tiros. E Jogadores Novos.



O discurso politicamente correto. Lúcido, talvez:

Eficácia? Correto. No passe, no posicionamento, no remate, em quase tudo. Falta de eficácia nas acções, coletivas e individuais. Facto. Três ataques perigosos do adversário, três golos. Primeiro remate que não dá golo aos 37 minutos...
A nós, duas situações de golo oferecidas (sim, as duas melhores oportunidades na primeira parte são passes dos jogadores azuis), marcamos um. Zé Manuel tem uma grande arrancada, faltou alguém meter o pé e encostar. Mais uma quantidade de bolas paradas que de aproveitamento foi zero, num aspeto em que regredimos imenso nos últimos desafios.
Mas admito, na primeira parte, a espaços, deu ideia de algum discernimento, algum sentido prático no jogo, vontade e confiança em alterar o rumo.

Segunda parte, adivinhava-se a postura do adversário, na expetativa de explorar o contra ataque e as nossas costas, mais balanceados para o ataque à procura do golo que nos recolocasse na disputa dos pontos. Brito a passe soberbo de Tengarrinha, jogada de Leo cruzamento sem emenda, livre do mesmo e mais umas quantas bolas paradas para o teto.



O pior é o que não produzimos. Defensivamente pagamos caro pelo facto de sermos tão macios e tão pouco eficazes a cobrir os espaços, a compensar a pressão que se faz ao portador da bola. Também foi assim no primeiro e terceiro golos, ambas as jogadas com os centrais a dobrarem nas laterais e enormes lacunas e passividade no eixo central. No segundo golo, tudo explicado quando se ultrapassa três defensores com aquela facilidade, no tal espaço central em frente à defesa onde temos apresentado imensas dificuldades nos últimos jogos.
No ataque, é o jogo direto que impera. Exceção para a lucidez de Tengarrinha, a técnica de Brito e a força de Zé Manuel a conseguirem alguns desequilíbrios. Melhoramos, aqui e ali, numa ou noutra transição bem conseguida, em raras boas receções de Uchebo, falhando invariavelmente no último passe (por vezes, no último passe para o último passe...). Bolas paradas, again, e à exceção do perigo no livre direto de Leo, todas não aproveitadas.

Nota positiva para Beckeles, a jogar na lateral pela primeira vez como titular. Quanto ao atestado de incompetência passado ao Afonso, sinceramente ainda estou para perceber (salvo se estiver lesionado) o que ganhamos com o argentino que não o consigamos com o português.


Tremenda desilusão, admito. E sim, já jogamos com os primeiros oito classificados, e quando os adversários estavam ao alcance, vencemos. Já evoluímos e mostramos coisas positivas, como aqui foi falado nos posts sobre os jogos, mesmo naqueles que perdemos. Não esquecendo a cereja do Dragão, volto a dizer que o que me preocupa mesmo é o que não produzimos. E sim, sim e sim, sei que a equipa ainda se está a entrosar, que ao terceiro mês de competição ainda estreamos vários jogadores, que a defesa, o meio campo e o ataque ainda tem elementos em busca da melhor forma e outros lesionados.

Mas é preocupante o caralho de futebol que praticamos e a consistência que, definitivamente, não conseguimos ter (e alterando os centrais, as laterais, o meio campo).
Por mim, que meti a cabeça no cêpo pelo Petit, acho que o próximo jogo é fundamental para o futuro. E para percebermos se temos futuro.

 


Siga. É para rebentar o Penafiel. Ganhar ou ganhar, jogar bem ou jogar bem.


Força Boavista!

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