domingo, 20 de abril de 2014

Adeus Campeonato


Adeus em definitivo ao primeiro lugar em mais uma derrota no Bessa, desta vez perante o nosso grande opositor da época, o Freamunde. Não vingamos o jogo da primeira volta, não fomos fortes o suficiente para mostrar que ainda tinhamos uma palavra a dizer na luta pelo primeiro lugar, apesar da entrega, apesar de dividirmos grande parte do desafio e até criando as melhores oportunidades. Pecamos novamente no último terço do campo, onde continuamos sem conseguir desequilibrar como já o fizemos, nem de sermos eficazes como precisávamos de ser.
Onze habitual neste momento, mantendo Cláudio na direita e Samú como terceiro homem no meio campo.

Não entramos bem, demoramos algum tempo para acertar com as marcações e foi preciso apanhar o primeiro susto - aos vinte minutos - para se conseguir entrar no jogo. A partir daí controlamos mais, perdemos o medo e conseguimos fazer pressão, ganhar segundas bolas e ter muito mais iniciativa de jogo, não deixando de ser seguros na defesa.
Continuamos com imensas dificuldades no ataque e em aí criar desequilíbrios. Os extremos raramente ganham duelos com os defesas opostos, o jogo direto para Bobô revela-se demasiadas vezes pouco apoiado, os laterais arriscam pouco no desequilíbrio pelas alas, a criatividade no miolo praticamente não existe. Na consistência, ficamos claramente a ganhar em relação aos últimos desafios com equipas do nosso campeonato, mesmo perdendo algum balanceamento ofensivo: Cid mais posicional, Carraça mais solto e Samú muito mais médio que jogador de apoio ao ataque.
A eficácia acabou por premiar a equipa que menos fez - no jogo e nas substituições - para chegar aos três pontos. Eficácia e um erro defensivo tremendo, que voltamos a pagar bem caro.

Não alinho na falta de atitude dos nossos jogadores. Houve garra, vontade de vencer, apesar da dificuldade que acredito exista em quem lidera em motivar os jogadores para esta fase da temporada. Diria até, para esta fase da vida do Clube.


Nota positiva para o jovem de 18 anos Samú. Mais interventivo no meio campo, mais intenso na luta e a decidir melhor cada vez que a bola lhe chegava aos pés, simples e prático, o que olhando aos últimos desafios é de registar. Não foi decisivo nem maravilhou meio mundo, mas gostei da vontade em evoluir. Obviamente, trabalho não só do 'puto' mas também de quem o comanda, como aliás tem sido habitual, neste e noutros jovens.
Petit mexeu bem na equipa, arriscou como e quando devia.

Nota negativa - e como custa - para as bancadas. O Clube merece e precisa de muito mais, não só quando os bilhetes são de borla. Mas sim, concordo, isto só lá vai quando a mediatização for do agrado das massas... é bonito.



Duas notas semanais que eu acho interessante deixar aqui:


- Eis o estereótipo do adepto vimaranense. Inveja e mais inveja. Crescimento, conquistas, reconhecimento internacional, são algumas das coisas que mais lhes fazem comichão. A eles, que teem uma cidade inteira por sua conta e nem a um décimo dos nossos troféus conseguem chegar. Siga, para o ano continuamos a cimentar essa inveja.


- Continua o mau profissiolismo do correio da manhã. Destilam ódio de cada vez que falam de nós. Desta feita, Petit foi o convidado para um programa avermelhado. Até aí, nada de mais, já que se há alguém que deva fazer algo em relação ao jornal, não é o treinador, é o clube (a seu tempo...). E claro, como disse um nosso dirigente e muito bem, reagir oficialmente sempre que o cm debita insinuações para a praça pública seria um trabalho a tempo inteiro.
A postura do nosso treinador foi a indicada para estas situações, com a humildade e seriedade que todos lhe reconhecemos. Digo até que foi excelente a postura, perante a insistência da pergunta.
Estão habituados a enganar quem os lê ou vê, e espero - apesar dos exemplos contrários - que não consigam enganar os Boavisteiros.

(para quem não viu ou leu, tem aqui o video. Manchete: "Petit sonha treinar o slb" é pura malvadez, é tentativa de facada interna e direta ao coração).


Quanto ao Petit a treinador para a próxima temporada, falaremos mais lá para a frente. Estou de acordo com a decisão, fruto do que se mostrou neste ano e meio de comando. Mas o mais importante neste momento - mais que a eq. técnica - é saber com que linhas nos vamos coser e com que plantel poderemos contar na primeira Liga.




Navas, grande abraço para um que sempre dignificou a Camisola, o Clube e os Adeptos. Força!



Força Boavista

terça-feira, 8 de abril de 2014

Empate com o Rival


Positivo

Sem palavras. Ambiente fantástico, alegria, otimismo e confiança num futuro melhor, nostalgia pelo meio. Bessa mais composto e muito mais barulhento. Agora tem que ser sempre a subir. 
Já tivemos vários momentos parecidos com este, depois das decisões que nos foram favoráveis ao longo destes anos ou até nos inícios de cada temporada, passado o martírio dos impedimentos e daquela fase de indecisão e receio. Mas nada como o de domingo, que só será suplantado no primeiro jogo da próxima época.

Panteras sempre incondicionais no apoio. Arrasadores neste jogo.


Negativo

Empate em casa diante do rival, terceiro jogo consecutivo sem ganhar e quase o adeus ao primeiro lugar, apesar de até termos ganho um ponto ao líder. Seis pontos para recuperar em dezoito para disputar e com cinco equipas à nossa frente. Não é impossível, mas quase.  


Na intensidade e emoção foi dos melhores jogos. Com a entrega e atitude habituais, estivemos por cima boa parte do jogo depois de uma má entrada, apesar do equilíbrio nas oportunidades de golo. A melhor fase de alguma equipa no jogo foi nossa, em vinte minutos de sentido único.
Tivemos dificuldades no último terço outra vez e na criação de mais oportunidades de golo, dificuldades acrescidas pela organização defensiva do adversário (e reforçado nesse setor: Assis, suplente habitual na primeira liga, só jogou contra nós na fase final; Moreno, 18 jogos na primeira, estreou-se nesta segunda fase). 
Cid habitual, desta vez com o melhor Carraça desde que este voltou à titularidade. Na defesa estivemos bem, apesar dos erros individuais que iam saíndo caro.



Enfim, sabor agridoce. Há que continuar a honrar a camisola como até aqui e tentar o máximo dos máximos de evolução até ao final da época.  


Força Boavista

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Descomprimindo


E alguns bitaites na sequência da exposição mediática deste primeiro dia do resto da vida do clube:

- Sem dúvida um momento histórico, mesmo podendo ser encarado por nós Boavisteiros como uma confirmação, se olharmos ao que aconteceu nos últimos meses. Três momentos que nos fizeram esperar calmamente (quando comparado com os restantes cinco anos) por este dia:
   . a regularização ou o controlo da dívida.
   . a deliberação de 21 de fevereiro do ano passado.
   . aquele invernoso mês de dezembro de 2012 em que o dr. Manuel foi para casa com gripe e o nosso presidente regressou ao Clube.


- Acho piada ao acordar do mundo futebolístico para a nossa situação, já não é a primeira vez que tal acontece. Para muitos, esta anunciada confirmação do nosso regresso foi uma bomba. Uma surpresa. Não só adeptos de outros clubes, mas também para alguns comentadores. Dá vontade de perguntar onde é que andavam nas últimas vitórias do Boavista na Justiça portuguesa, que foram várias, ou nos passos que foram dados para podermos chegar aqui. Prova disso é uma minoria referir que este regresso à primeira é somente uma justiça parcial. Como é óbvio, os danos destes seis anos de pesadelo são mais que muitos e a indemnização terá obrigatoriamente que minimizar.


- Dizia Carlos Daniel que é muito importante perceber-se que nunca foi dada razão ao Boavista no que diz respeito à acusação de coação. Isto vai virar moda, tipo ferro quente no lombo. "Eles são na mesma corruptos, o caso é que passou a validade, senão lixavam-se", o tanas! O cozinhado nunca foi confirmado com legitimidade pelo organismo máximo, a fpf, nem mesmo na noite das facas longas. Em vez da preocupação em salientar que foi pela prescrição que não fomos condenados, devia fazer-se referencia à forma e ao conteudo da acusação, vergonhoso a todos os níveis, comandado por pessoas sem escrúpulos e sem o mínimo de noção de justiça desportiva. Justiça foi algo que nunca se quis fazer, mas sim uma busca de protagonismo à nossa custa, inserido numa operação de cosmética ao nosso futebol. Um dos piores conselhos de disciplina de sempre do futebol português com o pior dirigente de sempre do nosso desporto, Ricardo Costa. O desespero fez com que se encomendassem pareceres a mestres da matéria, entretanto ridicularizados pela própria Justiça.
Coação! Nada desta coação que está na moda, não, outra. A que pudesse ser punível por lei.


- No calor do momento e com a euforia que atravessa qualquer coração axadrezado: "é muito bom, festejemos este dia. Temos jogos para ganhar e um campeonato para conquistar". É isto e é esta a mentalidade. Ganhar. Honrar. Sempre. Seja onde for, contra quem for, em em que modalidade for. Passe o que se passar fora das quatro linhas, representar e dignificar o símbolo. Como muitas vezes se fez nesta caminhada pelo inferno.


- Manuel José, há duas semanas: "o Boavista faz parte da minha vida, tenho um carinho enorme pelo clube e pelos adeptos". Faz parte da nossa história, marcou a nossa identidade durante muito tempo e ajudou a evoluir mentalidades. No programa da RTP assumiu o azedume não com o clube mas com o presidente. No início até pensei que estaria rancoroso por ambicionar um convite que não teria surgido, mas não. Com quem ele não pode é com o nosso presidente.
Mas é lá com ele. Já teve o seu tempo, nem me agradaria vê-lo de regresso nem a nenhum outro que por cá tenha passado.


- Esta ficou entalada. É a afirmação mais odiosa, mais ordinária e mais porca que ouvi nos últimos tempos em relação ao nosso clube. Sei que o piolhoso já interviu estes dias, não sei se ainda tem mais piolhos ou se tentou alguma desinfestação naqueles miolos.
Rui Santos, Sic, uns tempos depois da deliberação de 21 de fevereiro da fpf: "O regresso do Boavista à primeira divisão é um problema para a higienização do futebol português", com aquele riso cínico que o carateriza. Que cabrão!


O Nosso Dia


Ainda me faltam as palavras. O momento é mesmo para desfrutar. Foram muitos anos à espera, muitas alturas de angústia, receio e muita, muita revolta.

Penso nestes:
em todos que pela sua dedicação contribuíram para a SOBREVIVÊNCIA do clube nestes últimos anos.
nos adeptos, que nunca deixaram de HONRAR o símbolo, por muito muribundo que fosse o estado do clube.
No BOAVISTA, dia histórico, pela justiça reposta. O Símbolo que nunca mereceu esta passagem pelo inferno.


Força Boavista. Eterno Orgulho Axadrezado.

terça-feira, 1 de abril de 2014