segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Regresso do Bessa




Grande ambiente no Bessa, de regresso como grande palco do nosso Futebol. Não há palavras, foi desfrutar ao máximo. 


Na sequência dos últimos jogos, mostramos melhorias e evolução, mantivemos a atitude, adaptamo-nos bem aos vários momentos do desafio, assim como continuamos com os problemas no último terço.
Compreensível a estratégia: aguentar o ataque oposto, encurtar as linhas e deixar pouco espaço de manobra aos alas e meio campo adversário, nunca deixando de tentar saír para o ataque.
Na segunda parte, e aqui grande mérito da nossa equipa e treinador, conseguimos inverter a tendência do jogo (apesar dos argumentos do adversário e do golo no último minuto antes do descanso) pressionando mais à frente, subindo as linhas, fazendo um pouco (e melhor) do que fizemos na semana passada. Intensidade, rapidez, desmarcações, só pecando mesmo no último passe. Nessa fase do jogo foi bem notório a falta de soluções no ataque, mesmo conseguindo fazer muito jogo perto da área contrária. E bolas paradas ofensivas, outro problema que tardamos resolver.
De resto, na intensidade, concentração, rigor tático, estivemos em muito bom plano, conseguindo por vezes encostar o adversário ao seu último terço. Não marcamos, não pontuamos, mas, volto a dizer porque é aquilo que sinto, estamos no bom caminho.


Gostei da forma como foi montada a equipa. Ao quarteto defensivo, Petit juntou dois médios defensivos, lado a lado (Idriss e Tenga), mais dois médios ala (Julián e Beckeless), deixando Lima mais solto e Bobô no ataque.
Apostaria em Tengarrinha na defesa, mas depois de ver o puto de 19 anos que chegou à um mês ao nosso Clube, percebo o risco assumido por Petit. Bom jogo de Sampaio, mesmo com um ou outro erro (alguns até resolvidos pelo próprio na mesma jogada!) manteve a serenidade e postura mesmo nas fases mais complicadas. Esteve a centímetros de cabecear para o golo, num canto da direita, no que seria uma estreia de sonho. Lucas, Dias e Correia, em bom plano no aspeto defensivo, destaque (que vem sendo hábito) para o lateral brasileiro, promete quando conseguirmos ser mais ofensivos (e consiga ele acertar a mira do pé esquerdo nos cruzamentos).
Idris e Tengarrinha, para mim, continuam em bom plano no meio campo. Na linha do que têm feito, o senegalês impetuoso e forte no desarme, a cobrir grande parte da zona central; o português sempre com bom posicionamento, bem a tirar espaços ao adversário e mesmo a passar a bola aos companheiros (principalmente na segunda metade) numa primeira fase de construção.
Bobô tem missão ingrata, quase me custa dizer mal dele, tanta é a correria e luta que oferece aos defesas contrários. Desapoiado, é certo, quase sem bolas na área para poder finalizar, mas arrancou inúmeras faltas, ganhou bolas de cabeça, segurou jogo... enfim, o habitual. Pena aquela parvoíce perto do final. 

Estranhei a titularidade de Julián, dadas as boas prestações de Zé Manuel (e contando com um Brito e Yoro abaixo dos 100%). Talvez o rigor tático do argentino e a sua maior aptidão a defender (que por acaso acho que foi aspeto que esteve mal em Braga), tenha sido o motivo que levou Petit a apostar nele. Lima continua algo preso de movimentos, pouco acrescentando ao nosso necessitado ataque. Ontem foi difícil fazer melhor (na primeira parte com pouca bola, na segunda com pouco espaço), houve até momentos em que se poderá queixar dos colegas não lhe terem proporcionado a iniciativa quando até era possível. Ainda assim, tarda em pegar no nosso jogo de ataque, encontrar espaços e soluções. Pés tem ele, veremos como vai evoluir na equipa.
Monllor tem algumas culpas no golo, mesmo sendo um remate traiçoeiro. Esteve bem em todos os outros lances, destaque para uma defesa complicada a um remate à entrada da área, já na segunda parte.

Em resumo, apesar dos zero pontos e golos, temos motivos para acreditar que a equipa está no bom caminho. Continuamos a crescer, os jogadores a adaptarem-se ao país e ao Clube, a entrosarem-se, a equipa a ganhar forma. Continue-se e com o apoio incondicional, como merecem.

Quanto à arbitragem, tivemos azar, mais uma vez: há um lance capital em que temos razão de queixas. Claro, se as cores fossem outras, teríamos caso para um mês, processos a entrar na federação, espasmos dos comentadores da nossa praça.



sábado, 23 de agosto de 2014

Venham Eles: slb


Vendo bem o calendário, nem podemos nos queixar deste início teoricamente muito complicado. Quatro 'europeus' nas primeiras cinco jornadas, três deles fora de casa, podem mesmo vir na melhor altura. Falava há dias que é preciso mais tempo que o que normalmente é pedido pelos treinadores para afinar as equipas, dada a nossa situação tão particular. Fazê-lo com equipas que não são do nosso campeonato e que são em teoria bastante superiores só pode ser positivo: a pressão da vitória é reduzida, o teste feito à equipa permite mais facilmente detetar erros e lacunas, preparando melhor o que aí vem. Ou seja, temos estes primeiros três jogos para tentar ganhar, para se ir melhorando (como já aconteceu domingo passado), e chegar à quarta jornada para a nossa primeira final, o jogo em que verdadeiramente os três pontos não podem fugir.


À semelhança da primeira jornada, vemo-nos privados de um dos jogadores em destaque deste início de época, Ervões. Sampaio é o suplente natural, Tengarrinha poderá ser a opção para central. Mais experiência no eixo da defesa, talvez com Anderson a poder fazer a sua estreia no campeonato, no lugar do português no meio campo. No ataque, é provável uma frente diferente da de Braga: Brito recuperado será titular, Yoro e Pouga também poderão ser já opções iniciais, muito embora os desempenhos positivos de Bobô e Zé Manuel.
De resto, acerto nas laterais (Correia, Dias e os dois alas) que muito do perigo vem daí; setas na frente para impôr respeito, e muita, toda daquela atitude que se viu domingo passado. E logo desde os inícios das partes.
Do adversário, pouco haverá a dizer. Só que será um com Enzo, outro sem ele, sempre fortes, como é óbvio. Sem medo, somos Boavista.



Domingo volta a ser o nosso dia. Em nossa casa. O apoio tem que ser como em Braga, todos tem que sentir na pele que estamos de volta.

Força Panteras, Força Boavista!


 

A não perder, páginas dedicadas ao Boavista na revista "Craques", Panini/ABola. Para comprar e guardar.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

O Regresso




Foi o nosso dia, não haja dúvidas. Seríamos próximos de mil, valemos por bem mais. Apoio incessante do início ao fim, mesmo com o resultado desfavorável, grandes na confiança demonstrada à equipa (e sua atitude) no final da partida. Este ano, principalmente este ano, terá que ser sempre assim. Fora e no Bessa. Sempre.


Jogo marcado pelos dois primeiros golos, ambos nos minutos inaugurais de cada parte. Erramos nos dois lances, fomos permissivos no espaço curto no primeiro, pressionamos alto e mal no segundo.
Ao primeiro, conseguimos reagir bem, apesar de ter caído por terra a nossa melhor estratégia para este desafio: conseguir suster o ataque inicial do adversário, ir enervando-o com o passar do tempo. Reequilibramos, fechamos bem os caminhos para a nossa área, fomos eficazes na boa pressão que conseguimos fazer. Chegamos ao intervalo com o mesmo número de remates, mais cantos, e a melhor situação de golo para o empate. Que seria, convenhamos, o resultado mais justo.
Tivemos mais dificuldade para reagir ao segundo murro, o dois a zero. Natural. Não estancamos o meio campo adversário como o havíamos feito na primeira metade, continuamos com a mesma dificuldade em desequilibrar no nosso jogo ofensivo, quer pelas alas, quer pelos jogadores lançados por Petit após o segundo golo. Aguentamos o que pudemos daí para a frente, obrigados a corrigir após a expulsão, nunca deixando de tentar aproximar da área contrária sempre que possível.

Em resumo, mostramos melhorias no nosso jogo, vincamos mais a nossa identidade, e continuamos a mostrar as debilidades que temos do meio campo para a frente. Repito, não será o jogo ideal (pelo adversário e pela fase tão inicial da época) para se auferir da real capacidade da equipa, mas, não tenho dúvidas, o caminho é este.


Na defesa, confirma-se que encontramos a dupla de centrais: Ervões e Lucas. Ambos bem na maioria dos lances, foram resolvendo bem os problemas, quer na antecipação quer nas dobras, quer no jogo aéreo. Dias e Correia - a espaços - bem, apesar dos erros também nos lances dos golos: o lateral direito alivia mal no primeiro (se bem que com mérito no passe de Alan), o brasileiro facilita no lance com Éder, no último golo. Confirma-se a aptidão ofensiva de Correia, apesar de não ter conseguido ser eficaz nos cruzamentos.
Meio campo, conseguimos fazer boa pressão grande parte do desafio, pelo menos a parte do jogo em que estivemos a discuti-lo. Beckeles é o médio que mais sai a pressionar, Idriss o mais posicional, algumas vezes a funcionar como médio mais recuado, outras a fazer duplo pivot com Tengarrinha.
O Hondurenho conseguiu saír por diversas vezes na desmarcação, aparecer bem no ataque, melhor no passe na primeira parte do que na segunda, foi dele a nossa grande oportunidade. É claramente no meio campo que se torna mais útil, promete aumentar a sua influência à medida que se vai entrosando com a equipa.
Tengarrinha, na sequência da boa pré-época, foi um dos melhores. Bem a ler o jogo, no desarme e no passe; a médio interior ou a trinco, mesmo a central, nunca comprometeu. É, para já, um dos indiscutíveis.
O Idris, não me desagradou. Como já se disse, varre boa parte do meio campo defensivo, com uma boa eficácia de desarmes, pelo chão e pelo ar. Tem problemas no posicionamento, na forma como faz a pressão e onde a faz; o lance do segundo golo é exemplo disso: com Beckeles e Tengarrinha mais avançados na pressão, é ele que deve fechar o espaço entre defesa e meio campo, não pressionando o médio contrário quase no seu meio campo, como aconteceu. A defesa recuada (como devia) e a casa já a arder quando Rafa encara os quatro defensores. Aqui não será tanto um problema individual, mas sim coletivo, do nosso meio campo. Os tais entrosamentos, afinações, erros, tudo para se ir evoluindo e corrigindo. Diego, o nosso motor ofensivo, voltou a desiludir. É certo que entrou numa fase complicadíssima do jogo para nós (0-2, Braga a mandar e mais opositores na sua zona de ação), mas revelou lentidão, aquela lentidão que mostrou em parte da pré-época...
No ataque, o trio que nos acompanha do CNS... Zé Manuel esforçado, exibição razoável (principalmente na primeira parte), é uma pena não ser mais eficaz nos cruzamentos. Do lado oposto, uma das exibições mais apagadas, Julián. No ataque não conseguiu desequilibrar (e bastava um cruzamento ao segundo poste naqueles vinte segundinhos de jogo...), a defender foi estranhamente apático. Daí alguma dificuldade em perceber porque não foi o argentino o primeiro preterido quando foi preciso mexer. Bobô é o que temos, para já. Abnegado na entrega, na louca correria e pressão que fez sempre aos defesas contrários, sendo responsável por muito jogo direto do adversário mais facilmente resolvido pela nossa defesa. Não tem apoio que lhe permita desequilibrar (principalmente no jogo aéreo, em que é forte) dentro da área, o que é um problema para a equipa. Yoro voltou a mostrar bons apontamentos e uma boa técnica, parece o mais perto de agarrar o lugar e acompanhar Brito nos extremos, a nossa baixa de vulto no jogo de Braga.


Arbitragem, na linha do que estávamos habituados no terceiro escalão. E porquê? Pela dualidade de critérios. O primeiro amarelo ao Ervões, na sua segunda falta, é amplamente exagerado. Valeu-lhe, indiretamente, a expulsão; se pensarmos no próximo adversário e se olharmos para a nossa equipa, faz algum sentido que fosse o Fábio o escolhido.
O lance do Idris - entrada sobre Rafa(?) - valeu-lhe o amarelo, idêntico ao de Rúben Micael sobre Tengarrinha, que passou impune disciplinarmente (na primeira parte!!). Diego teve margem zero para o amarelo, ficando nós por perceber como Custódio conseguiu essa tal margem para poder ser o jogador mais faltoso do desafio. Zé Manuel, o nosso outro amarelado, entrou durinho sobre Tiago Gomes e viu amarelo na primeira paragem... Num lance idêntico (é só ver as imagens!), Baiano passou impune (antes e depois da primeira paragem...), num lance que deixou Correia fora do jogo por alguns minutos, a ser assistido.
E isto tudo apesar de acabarmos o jogo com menos faltas que o adversário.
Demasiado, não? Fora o resto, que dou de barato...



O Jogo. Foi precisamente isso que os jogadores reclamaram imediatamente no lance, a vista desarmada do árbitro.



A frase que o JN dedica à arbitragem, em jeito de... aviso. Cuidado Petit, vamos ter mais adversários do que pensávamos.




A Bola. No mínimo, relatou os factos.








Afinal, quem é quem? Profissionalismo, falta dele, ou algo mais?




Duas coisas que repito, porque foi o mais importante do jogo de ontem:

- Deslocação inesquecível. Panteras em grande, apoio incondicional, como o Clube merece.
- A equipa vai melhorando, o onze vai equilibrando, estamos aí para lutar pelo nosso lugar, está visto.


Força Boavista!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ciclismo: Orgulho Axadrezado




Honramos o Símbolo por esse país fora. Falhamos a amarela, mas tivemos uma participação que orgulha qualquer Boavisteiro.

Dois ciclistas nos dez primeiros, Reis na Torre, melhor português da prova, terceiro lugar por equipas.


 
Este ano, tivemos oportunidade de acompanhar a nossa equipa de uma forma especial. Os vídeos estão muito bons, vale a pena ver:
https://www.youtube.com/channel/UCE0eklyZEiwg9M2sfe-PH0g

domingo, 10 de agosto de 2014

Venha o Campeonato


Não estou tão desconfiado quanto os resultados ou as dúvidas que ainda existem sobre o valor e potencial dos jogadores podem fazer crer.
Temos uma equipa ainda em processo de assimilação das ideias do treinador, a conhecer-se entre si e muitos dos jogadores ainda em (re)adaptação ao futebol profissional em Portugal. Não é fácil e requer mais tempo que o tempo que geralmente é pedido por todos os treinadores nesta fase da temporada.
Pressão alta, fechar bem os caminhos ao adversário, rapidez na saída para o ataque, parecem ser as ideias principais. Os próximos desafios serão de certa forma de 'corrente' diferente ao que temos assistido, tendo nós uma menor propensão para dominar e controlar o jogo, com uma maior aposta no contra ataque.
Pela negativa, os erros primários que se continuam a cometer (no passe principalmente), esperemos que melhores nesse aspeto.

No jogo de ontem, contra o Gondomar (o terceiro em quatro dias), pudemos ver um Lima mais participativo e intenso, um Yoro a revelar bons pormenores e a mostrar que pode ser boa opção como extremo, uma defesa já bem alinhavada (a da segunda parte, mais o Lucas) e um meio campo, apesar de ainda em busca de identidade e consistência, a aproximar-se do que podemos ver de hoje a oito dias (Beckeles, depois de um mau início de jogo, a revelar-se um jogador útil no nosso meio campo).


Começando pela baliza, vai ser uma luta entre Mika e Monllor. O argentino parece levar alguma vantagem para a titularidade, tem mostrado aumento de confiança, segurança entre os postes e fora deles.
A defesa é o setor que mais me agrada, talvez onde estejamos mais fortes neste momento: Ervões é o líder, bom no posicionamento, na antecipação, comandante do resto dos companheiros (da defesa e não só). A seu lado, Lucas: forte e rápido na cobertura, bom no jogo aéreo, apareceu em bom plano no desafio de sábado, sendo, apesar das dificuldades quando se tem que manobrar no espaço curto, o mais provável companheiro do português no eixo da defesa. Na esquerda, pese embora as boas prestações de Afonso, Correia não engana: excelente reforço. Defende bem a sua lateral, rápido e forte nas subidas pela esquerda (e bom nos cruzamentos), sempre bastante intenso. Do lado oposto, Dias é um bom lateral direito, com experiência e conhecimento de sobra dos terrenos que pisa, ajuda à consistência defensiva.
No meio campo, talvez o setor onde residem mais dúvidas. Para a dupla mais defensiva, temos 4 opções: Idris, Tengarrinha, Anderson e Beckeles. Idris, dos quatro, é o mais forte no desarme, o que cobre maior área do miolo na procura de destruir jogo do adversário, o mais forte no jogo aéreo (dando importante ajuda nas bolas paradas defensivas), assim como o que tem mais dificuldades no passe. Tengarrinha tem-me agradado bastante (apesar do apagão no jogo de ontem): lê bem o jogo, bom posicionamento, percebe bem os momentos em que queremos pressionar alto e fechar as linhas ao adversário, sendo mais apto que o senegalês no capítulo do passe. O brasileiro voltou a mostrar bons pormenores ante o Gondomar. Boa técnica, passe e leitura de jogo, tanto a defender como quando recuperamos a bola e tentamos a desmarcação. Parece ainda com pouca intensidade no seu jogo e com capacidade para melhorar no aspeto físico. Beckeles (anunciado como lateral e médio) pode ser mais útil no nosso meio campo, mesmo com o pouco tempo que leva no nosso Clube. Ontem demorou a acertar, quando o conseguiu revelou-se em bom plano. Forte fisicamente e no desarme, tem boa técnica, bom no passe e é dos médios que mais se solta (e a propósito) nas tarefas ofensivas.
No meio campo ofensivo (já sem Fábio, como se previa), temos, para já, uma opção: Diego Lima. Ontem melhorou bastante na intensidade do seu jogo, mais solto, mais confiante a conduzir a bola e a vir busca-la cá atrás, mais perto da mesma no momento ofensivo. Pode e deve melhorar, tornar-se mais prático, mas a verdade é que a postura de ontem me deixou um pouco mais confiante de que pode realmente ser o médio de ataque que precisamos. Relativamente a Ancelmo, continuo algo apreensivo. Tem bons pés, continua bastante lento e com pouca influência no nosso jogo. Óbvio, precisará de tempo.
Preocupante a lesão de Brito, um dos nossos jogadores em melhor plano e, seguramente, uma das contratações mais conseguidas. Forte no duelo individual, rápido e objetivo na ala, muitas vezes só parado em falta, dos seus pés têm saído alguns dos lances mais perigosos. Apto, será um dos indiscutíveis no onze numa das alas do ataque. Zé Manuel tem-se exibido em bom plano, o melhor dos que nos acompanham da época passada. Yoro, pelo que deu para ver, pode lutar já pela titularidade com o português. Julián, muito embora a sua boa técnica, será a quarta opção para os extremos do ataque. No centro, veremos como se integra o nosso reforço Pouga e se já pode ser opção válida para Braga. Fisicamente fortíssimo assim como no jogo aéreo, foi o que deu para ver. Bobô estará mais apto a pressionar os defesas contrários quando não temos a bola, o que nos poderá também ser útil.

Carraça, Cid, Wei e Gouveia não foram utilizados no último desafio de preparação, o que poderá indicar que serão os que mais próximos estarão de eventuais dispensas. Não me surpreendia que assim fosse, como também não me espantava com a chegada de mais um central, médio e/ou avançado centro.

Onze e algumas dúvidas para Braga:
Monllor; Ervões, Lucas, Correia, Dias; Tengarrinha, Beckeles, Lima (Anderson); Brito, Zé Manuel (Yoro) e Pouga (Bobô).


Uma semana para o nosso dia, o jogo do nosso regresso. Todo o apoio será fundamental.
Força Boavista!


domingo, 3 de agosto de 2014

Derrota na Apresentação


Foto do Boavista3


Bom ambiente no Bessa, há anos que não se sentia este entusiasmo à volta do Clube (e o que se esperou por isto!). A manter ou mesmo a melhorar nos jogos para o campeonato (o que até acho possível) pode ser muito positivo para a equipa, que vai precisar do apoio extra. É necessário estarmos nas dificuldades, que vão ser muitas nesta temporada, dar apoio ao que temos e a quem cá está. Vai ser complicadíssimo, difícil e com sofrimento, mas é mesmo fundamental para o futuro...

Resumindo o jogo, não entramos bem. Sentimos dificuldades no meio campo, dando espaços e tempo ao adversário, permitindo três oportunidades (até relativamente fácil), uma delas concretizada. Acertamos ainda na primeira metade, em parte graças a Idriss e Tengarrinha - que a partir daí se exibiram em bom plano - e aos alas, que ajudaram a compensar a ausência de um terceiro elemento do meio campo mais ativo, que era preciso. Com a defesa mais próxima do resto da equipa, criamos duas ou três boas chances (de bola corrida!) para o empate ainda antes do intervalo. Merecido o golo de Bobô.
Nos primeiros vinte minutos da segunda parte foi a nossa melhor fase no jogo, só falhando na concretização, apesar de termos conseguido criar algumas situações de perigo (e de bola corrida outra vez!).
O jogo quase termina no erro de Mika, inacreditável erro. A partir daí perdemos o ímpeto, a confiança e o discernimento, as muitas substituições ajudaram à festa.

Em suma, viram-se melhorias da equipa, assim como os problemas também já conhecidos. Alguns reforços já chegaram, outros poderão estar para vir, temos quinze dias para continuar a evoluir e acertar agulhas. A equipa tem pouca maturidade, o que até é compreensível, sendo algo que só se consegue com o tempo.


Individualmente:

Bons sinais dos centrais Ervões e Lucas, até porque, que me lembre, foi a primeira vez que jogaram juntos (tantos minutos foi de certeza). O tempo só pode ajudar, como é necessário numa dupla de centrais.
Na esquerda, Correia também confirmou as boas expetativas. Acertou ainda na primeira parte, na segunda ganhou confiança e foi dos melhores. Apesar do erro no primeiro golo do sporting b (em que não fechou bem na área), esteve quase irrepreensível depois disso. 
Gostei da dupla no meio campo, Tengarrinha e Idriss. O português esteve bem na primeira parte, excelente na segunda, recuperando imensas bolas e conseguindo até dar-lhe boa sequência.
Idris foi forte no desarme e conseguiu travar boa parte das tentativas de ataque do adversário, mesmo com alguns erros principalmente na primeira parte. Apesar de não serem só suas as culpas do que esteve mal nesse aspeto.
Diego Lima voltou a demonstrar os mesmos problemas e potencial. Ainda o acho lento e pouco eficaz não só no jogo ofensivo da equipa (naquilo que ele pode realmente ser melhor), mas também no que não contribui com os restantes elementos do meio campo. Veremos como melhora, mas repito, seria-nos útil que aparecesse mais no jogo e em melhor plano.
Brito confirmou o que de bom vai mostrando, é o nosso principal desequilibrador no um para um, o mais rápido e o que mais perigo causa. Promete para quando for a sério.
Do lado oposto, Zé Manuel esteve bem, acho até que foi dos jogos mais conseguidos dos últimos que o vi fazer. Julián entrou numa fase do jogo que não o beneficiou.
Lance aberrante do Mika. Erros daqueles nem o Tiago Pinto. Pouco trabalho tiveram os dois, surpreendeu-me um pouco a titularidade do argentino, que ainda assim esteve seguro nas poucas intervenções.
Dos reforços recentes, Beckeles conseguiu mostrar alguma coisa, mesmo no pouco tempo que esteve em campo. Calma e maturidade (que até surpreendeu), à vontade a saír com a bola a jogar. Para um primeiro dia, não foi nada mau. Veremos como é Yoro e se é alternativa a Bobô (que foi o habitual, muito lutador, arrancou algumas faltas e conseguiu ser forte no jogo aéreo), seria bom que fosse uma boa opção, não deixando nós de precisar de mais soluções no ataque.


Venham os próximos. Força Boavista!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Dúvidas


É já amanhã. Seis anos depois, uma apresentação com a Primeira Liga em vista e logo contra um grande do futebol português.

Expetativa para ver a equipa, as bancadas do Bessa e o ambiente que, seguramente, vai ser diferente dos últimos anos. Já o foi na última época, este ano é para rebentar de emoção.

Ainda é cedo para muita coisa, mas temos equipa para discutir e, vai daí, alguns bitaites:

na baliza, Mika ou Monllor, não havendo um número um declarado, o português foi titular no primeiro jogo em Freamunde e alinhou de início em Famalicão.
na esquerda, luta interessante entre Afonso e Correia, apostaria no português amanhã no onze, o brasileiro a entrar. Lado oposto, Dias é o defesa direito, Carraça poderá continuar a ser testado, Pedro Costa a entrar uns minutos junto com o Fary.
centrais, Ervões a fazer par com Lucas/Santos/Phillipe.
Tengarrinha chegou a ser testado a central, mas julgo que é no meio campo que deverá ser aposta. Ele e a outra duvida interessante, Idriss ou Anderson, com Cid a entrar.
médio mais ofensivo temos o Diego Lima, Fábio e Ancelmo (se ainda vá estiver) entrarão para a apresentação.
no ataque, Brito numa ala, a outra de Zé Manuel ou Julián. Talvez o português de início, Julián a entrar juntamente com Wei ou com mais alguém. Centro do ataque, Bobô, Théo uns minutos (se ainda cá estiver) e o outro alguém para finalizar.

Até amanhã.

Derrota em Famalicão

Ba, o único gr sem culpas nos golos (foto do Boavista3.)


Surpreendente só para quem não tem visto os últimos desafios. Um golo marcado em cinco dos últimos seis jogos (Feirense, Zamora, Setúbal, Paços, Famalicão), muito poucas oportunidades criadas, um ataque com pouquíssima produção. Perigo, algum perigo, só de bola parada.

Os números da derrota contra o adversário do terceiro escalão podem ser exagerados tendo em conta o que se passou em campo (dois golos nos últimos dez minutos, com contribuição de Monllor e depois de 35 minutos praticamente de sentido único), mas tem o condão de fazer soar os alarmes e até acalmar alguma euforia enganosa resultante da conquista do torneio no último fim de semana.
A verdade é que precisamos de reforços no ataque, eixo e laterais, e que os médios com a missão e capacidade de criar lances ofensivos apareçam em melhor plano.
Defensivamente, e porque nem tudo é mau, estamos no bom caminho. Os centrais, laterais (mesmo com o problema na direita), o meio campo defensivo, parecem suficientes para se poder começar a contruir uma equipa com um bom nível de consistência, o que é extremamente positivo.

Algumas notas:

O nosso melhor avançado saíu aos vinte minutos, Bobô. É preciso dizer mais alguma coisa?
É necessário dar tempo a Julián e Zé Manuel. Espaço para evoluírem. Serem primeiras opções para a titularidade, de caras como o são, é, no mínimo, arriscado.
Diego Lima, o nosso médio com maior capacidade para ser o organizador de jogo ofensivo, é bom que comece a ser mais influente, seja mais interventivo e apareça mais vezes onde é preciso, perto da bola. Para já, é o único para a posição, mesmo não esquecendo Fábio e Ancelmo.
Ervões é o líder, da defesa e da equipa. Voz de comando. Lucas o mais próximo, se bem que foi dupla que ainda não se formou em nenhum desafio, jogando sempre os dois em momentos diferentes e ambos na direita da zona central.

E não vale a pena nos alongarmos muito a dissecar esta derrota. Jogou o plantel todo (exceção de Anderson Carvalho), fizeram-se experiências, contribuiu-se para o entrosamento. É aguardar que cheguem mais opções para o treinador poder trabalhar e a equipa poder ganhar outro tipo de soluções.


Vem aí o Sporting e, esperemos, reforços para o ataque, pelo menos. E um avançado não chega.