domingo, 12 de abril de 2015

Derrota no Bessa



Estava com um bad feeling para este jogo, daquelas cenas que não se explica nem sequer se percebem muito bem mas estranhamente se sentem. Dá ideia que algum tipo de anti ciclone paira sobre o Bessa e sobre todo e qualquer humano equipado de xadrez quando estes bananas nos visitam. Primeira parte amorfa, encostamos o adversário depois de sofrer o golo, desperdiçamos como nunca o havíamos feito esta temporada, sofremos um golo do meio campo. Há dias assim, ultimamente raros e ainda bem.
Terceiro jogo em casa sem marcarmos, Marítimo junta-se ao estarola vermelho e a Paços nas equipas contra as quais não conseguimos evitar a derrota. Pior: 0-6 nos dois jogos. Longe!

A rede de segurança permite-nos encarar a derrota com relativa tranquilidade em termos de classificação. Os três últimos perderam, vantagem de dez pontos sobre a linha de água (com 18 em disputa...).



Apesar da melhor entrada e com maior iniciativa, equilíbrio a partir dos dez minutos, altura do primeiro remate do desafio e à nossa baliza. Primeira situação perigosa na área do adversário a cinco minutos do intervalo espelha a dificuldade que sentimos em dar sequência à posse de bola e em saír rápido para o ataque. Com relativa eficácia nas segundas bolas e a tentar fechar os caminhos no meio campo, ainda permitimos um par de lances perigosos perto da nossa área.
Segunda parte entramos novamente um pouco por cima, com mais vontade e confiança em chega perto da baliza adverária. À semelhança do jogo da semana passada, voltamos a sofrer o golo num momento em que estavamos a controlar, num lance mal resolvido na grande área. Reagimos bem, de novo, encostamos o adversário, subimos as linhas e não permitimos contra ataques, criamos algumas oportunidades para chegar ao empate falhando na eficácia. O segundo golo evita o assalto final nos cinco minutos que faltavam jogar.


Notas:

Começando pelo melhor: Afonso. Igualmente eficaz nas tarefas defensivas, destacou-se e bem a atacar: com sucesso no um para um, sacou faltas e alguns bons cruzamentos. Continua em grande.

Aaron voltou a merecer a confiança de Petit e acho que teve uma atuação positiva neste terceiro jogo como titular. Mesmo não estando isento de culpas no lance do primeiro golo, foi forte nos duelos individuais, impetuoso, bem no jogo aéreo e na antecipação. Veremos os próximos desafios e o que consegue mostrar mais.

Idris num jogo à Idris. Foi o melhor da dupla mais defensiva do meio campo, esteve bem no posicionamento e forte nos desarmes, sendo um dos culpados no segundo golo na perda de bola a meio campo.

Abordamos o jogo como habitual, com prioridade à consistência em detrimento de melhores soluções no último terço. Ou a diferença entre jogar com Idris/Reuben e Idris/Tengarrinha (mais Cech, mesmo Anderson).
Optamos por sermos mais reativos ao jogo na segunda parte, reentrando com o mesmo meio campo, mantendo a expectativa pelo que dava o jogo. O golo sofrido precipitou a entrada que já se justificava: com Cech ganhamos soluções no último terço, conseguimos ser mais produtivos na posse de bola, e foi-nos útil na meia hora que estivemos por cima do adversário.

Pela negativa, Brito desinspirado voltou a mostrar os problemas nas decisões e em soltar a bola a tempo para os companheiros, Mika continua com problemas nos lances aéreos, como já tem demonstrado, apesar da eficácia entre os postes e dos pontos que já nos valeu. É o principal culpado ao não resolver no primeiro golo, ontem esteve particularmente intranquilo nesse tipo de lances.



Em suma, dia menos bom que se traduz numa derrota que poucos danos terá na tabela. Mesmo de sabor amargo, temos tudo para reagir bem e continuarmos a fazer uma segunda volta positiva.
Houve atitude e vontade, houve um enorme apoio nas bancadas e não vejo motivos para sequer beliscar a confiança na equipa e mesmo na sua evolução.



Força Boavista!

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