segunda-feira, 6 de abril de 2015

Quase lá



Não foi perfeito porque não vencemos, mas não deixou de ser memorável esta deslocação a Penafiel, pelo ponto positivo arrancado nos descontos, por todo aquele preto e branco com que colorimos o 25 de Abril e, principalmente, pela união que resulta do que vamos conseguindo nesta época.
E cada vez mais próximos do objetivo principal, depois da nossa melhor série de cinco jogos (uma derrota): subimos um lugar na geral, dez pontos acima da linha de água (21 em disputa), a quatro do meio da tabela e só mesmo a matemática e a 'barreira' dos 32 a não permitirem arrumar já as contas da manutenção.


Dias na direita, aposta de novo em Aaron e Tengarrinha como terceiro médio no lugar de Cech, as únicas alterações. 
Não entramos mal e, apesar da maior iniciativa de jogo concedida ao Penafiel e por isso maior volume de jogo no nosso meio campo, fomo-nos sentindo confortáveis no desafio. Controlando as investidas e a proximidade à nossa baliza, fizemos mais por não ir em desvantagem ao intervalo do que ir a vencer, o que acabou por acontecer, fruto também de uma ou outra boas saídas para o ataque (e de bola parada!).
Na segunda metade, acho que entramos até um pouco melhor, a adaptarmo-nos bem aos problemas acrescidos no ataque contrário e à reação que tentavam ter. O golo do empate surge nessa fase de controlo que tínhamos na partida, por acaso resultante de um momento de descontrolo de Aaron. Acusamos, não evitamos o recuo e perdemos um pouco a capacidade de circulação e de importunar o último reduto contrário. Foi necessário esse segundo golpe para voltarmos a reentrar, naquela que foi uma reação positiva à desvantagem nos 25 minutos que faltavam ainda jogar. Já com a alteração na frente, optamos por dar ao meio campo maior capacidade de circulação e de criação de espaços no último terço. Conseguimos jogar perto da área contrária, criar bolas paradas e algumas jogadas perigosas, chegando ao golo num desses lances, com todo o mérito.
Explosão nas bancadas, no campo e no banco falam por si... não há mesmo palavras.


As notas:

Alguma surpresa em duas opções, a entrada de Aaron e a saída de Cech.
Está ligado ao primeiro golo do Penafiel, culpado pela perda de bola que deu origem ao lance. Não comprometeu antes disso e acho até que reagiu ao erro (com impetuosidade, pelo menos), tornando-se um elemento importante a anular os ataques contrários e a ajudar a encostar o adversário naquele forcing final. Santos resolveu bem o que lhe chegou perto, mesmo permissivo no lance do empate, foi muito mais o que evitou do que as vezes em que foi batido. E mais um golito ao Penafiel.

A saída de Cech prende-se sobretudo com Tengarrinha (e a sua utilidade e qualidade), o que juntando à função importante (e acerto) de Idris e Reuben na nossa equipa, torna complicado decidir o meio campo. Verdade que o português é o jogador com caracerísticas mais idênticas a Cech, podendo acrescentar mais argumentos defensivos comparando com o eslovaco, assim como jogando com o português, podemos acrescentar algo à equipa durante o desafio sem grandes alterações de fundo (o que acabou por acontecer). Sem Cech, é inegável que perdemos soluções no último terço e na capacidade em saír bem para o ataque rápido. 

Repeat mode: mais um de Afonso.

Brito e Zé (que golaço!) voltaram a ser os mais dinamizadores no ataque, talvez por isso a saída algo cedo de Uchebo, optando-se por uma referência mais fixa e maior capacidade de luta no meio dos centrais contrários, quando se achou que era preciso referscar. Bobô não foi matador, Lima não inventou espaços, ambos entraram com vontade de inverter a situação.


Já faltou mais, voltamos a saír de uma final com um resultado positivo e ainda melhoramos a nossa situação. A já falada competência, atitude e crença até ao final, num jogo em que, não sendo muito conseguido, fomos consistentes o suficiente para evitar um dissabor.
Para a semana tudo a cinco euros e não há desculpas. É tudo a apoiar. Estamos quase, quase lá.


Força Boavista!

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